O
que caracteriza a tosse dos canis?
Infecção
respiratória, secreção naso-ocular e ataque agudo de tosse.
Quais
são os agentes mais comuns?
Bordetella bronchiseptica e o
vírus da Parainfluenza canina.
Qual
é a epidemiologia?
É
uma doença sazonal que ocorre com mais frequência em meses frios. A morbidade
da doença é alta quando os animais estão em locais com alta densidade de
animais, como pet shops, hotéis e canis.
Quais
são as formas de transmissão?
Através
do contato direto entre cães ou indireto, pelo ar, através de secreções
respiratórias (aerossóis), fômites e etc.
Qual
a patogenia em relação a B.
bronchiseptica?
Nos
primeiros 3 a 6 dias a bactéria se multiplica, aumenta em número e então sua
multiplicação se estabiliza. É nesse momento em que os primeiros sinais
clínicos começam a surgir. Após 2 semanas de infecção, o número de organismos
começa a diminuir. Ela pode persistir no aparelho respiratório por
aproximadamente 3 meses.
Qual
a patogenia em relação ao vírus da Parainfluenza canina (CPIV)?
O
pico da replicação viral é de 3 a 6 dias após a infecção, período em que
aparecem os primeiros sinais clínicos. A transmissão ocorre por 8 a 10 dias
após a infecção.
O
que ocorre em infecções mistas por B.
bronchiseptica e CPIV?
A
injúria dos órgãos é maior e o animal poderá apresentar quadro de pneumonia.
Quais
os sinais clínicos em infecções naturais por Bordetella?
Tosse,
que pode durar por mais de 2 semanas e pode haver presença de secreção nasal
purulenta. Os sinais clínicos aparecem entre 4 e 7 dias após a exposição.
E se
houver infecção secundária?
Os
sinais podem se agravar, observando-se hipertermia, anorexia e dispneia.
Quais
os sinais clínicos em infecções pelo vírus da Parainfluenza canina?
Crises
de tosse, como resultado da irritação da traqueia, brônquios e bronquíolos, a
temperatura retal oscila de normal à hipertermia de 40,5.
Sobre
a tosse?
Ela
pode ser produtiva ou improdutiva e frequentemente piora com o exercício
físico. Pode haver engasgo, ânsia de vomito e corrimento nasal.
Sobre
a infecção em cães não vacinados?
É
provável que tenham acesso recente em locais onde a densidade de animais seja
bem elevada. A tosse pode não ser produtiva e causar dor, acompanhada de rinite
e secreção nasal e ocular mucoide e mucopurulenta.
Como
é feito o diagnóstico?
O
diagnóstico clínico é baseado na história do animal (se esteve em locais com
alto número de animais, se é vacinado) e com base nos sinais clínicos.
Hemograma e provas bioquímicas são auxiliares para se estabelecer o estado
geral do animal e monitorá-lo.
Como
é feito o tratamento?
Casos
em que não tiveram complicações, a tosse dos canis pode ser resolvida de 4 dias
a 3 semanas.
Antibióticos:
podem reduzir a duração da tosse e evitar a colonização de Bordetella para vias aéreas inferiores.
Terapia sistêmica com
antibióticos: apenas quando há desenvolvimento de infecção
respiratória como broncopneumonia e pneumonia.
As
drogas mais empregadas são: amoxicilina ou ampicilina, associações de sulfas
com trimetoprim e tetraciclinas, que são eficazes contra a Bordetella.
Antitussígenos: indicados
apenas para tosses improdutivas ou persistentes ou se estiver interferindo o
sono do animal.
Drogas narcóticas: o
uso excessivo ou prolongado pode causar comprometimento da ventilação e
expectoração.
Nebulização: usadas
em crises de tosses agudas, induz a obstrução das vias aéreas.
Vacinação intranasal: para
cães que apresentam tosse persistente e que estão expostos a outros animais.
Glicocorticoides: efetivas
para reduzir a tosse quando não há complicações.
Qual
é a prevenção?
A
imunidade materna, que protege o animal por 12 a 16 semanas; imunidade natural
e vacinação, que estão disponíveis para uso parenteral ou intranasal.
Qual
é o controle?
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