A displasia coxofemoral é uma degeneração na
articulação coxofemoral que acomete principalmente os cães de grande porte,
tais como Pastor Alemão, Labrador, Rotweiller, São Bernardo e etc. Normalmente,
as alterações são irreversíveis.
Os cães geralmente nascem e não apresentam alterações displásicas. Aos doze
meses de vida do animal é possível evidenciar radiograficamente e através de
sinais clínicos. A displasia coxofemoral geralmente é bilateral e aumenta a
predisposição para Doença Articular Degenerativo (DAD).
Causas
A displasia coxofemoral é uma
afecção ortopédica de causa multifatorial como hereditariedade, alimentação e
ambiente.
Articulação Coxofemoral
A articulação coxofemoral é composta
pela cabeça e colo do fêmur e acetábulo. Os tecidos moles estabelece uma
afinidade entre esses componentes que formam a articulação coxofemoral,
mantendo uma estabilidade. Quando a demanda musculoesquelética excede a capacidade
dos tecidos moles resulta em frouxidão dos tecidos moles, má formação da cabeça
femoral e do acetábulo, o que contribui para o desenvolvimento de diferentes
graus de subluxação.
A cartilagem será afetada pela
pressão exercida com progressiva desintegração da cartilagem articular, podendo
chegar a ter exposição óssea.
Foto: Google Imagens. |
Sinais Clínicos
Os sinais
clínicos vão depender do estágio da doença. Alguns tutores só percebem os
sinais quando a displasia coxofemoral já está em estágio avançado.
Os sinais mais frequentes são dor,
claudicação unilateral ou bilateral progressiva e crônica, marcha rígida,
atrofia muscular e relutância durante a realização de exercícios físicos
constantes.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado no histórico
e exame físico do paciente, além de um exame radiográfico, com o animal
anestesiado, para a confirmação do quadro.
Através do histórico é obtido
informações quanto à observação de diminuição de atividade física e dor
articular.
No exame
físico se avalia a claudicação ou desconforto na região da articulação
coxofemoral através de testes realizados, como o teste de abdução e rotação
externa e teste de subluxação da cabeça femoral.
No exame
radiográfico é observado arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do
fêmur, subluxação ou luxação coxofemoral e alterações secundárias.
Tratamento
No
tratamento conservativo é feito o uso de anti-inflamatório não esteroide, analgésico,
condroprotetor, fisioterapia, acupuntura. Além disso, é importante se atentar
ao peso do animal, ele deverá perder peso, ter exercício moderado e andar em
chão antiderrapante.
O tratamento cirúrgico depende de
cada caso. Nos casos de maior gravidade em cães maiores de 2 anos, utiliza-se
implante de prótese total de quadril, em cães de até 12 meses sem ocorrência de
artrite faz-se osteotomia tripla, e em cães jovens incapazes de serem
submetidos à osteotomia tripla, faz-se dartroplastia e como último recurso
faz-se osteotomia da cabeça do fêmur.
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