Síndrome de Ansiedade por Separação - Pequenos Amigos

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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Síndrome de Ansiedade por Separação

A síndrome da ansiedade por separação (SAS) é comum em animais de companhia e leva os cães a terem comportamentos destrutivos. Os sistemas mais afetados por distúrbios como esse, que causa estresse prolongado ao cão, são os sistemas imunológico, endócrino e nervoso, deixando-o exposto a várias doenças. Os cães, por serem ancestrais dos lobos, dependem de companhia, já que os lobos viviam em bandos para caçar e se proteger, por isso, um animal que é deixado sozinho e de lado se sente desprotegido. Os distúrbios comportamentais que podem ser vistos na SAS são vários, como a agressão as pessoas e outros animais, vocalização excessiva, dificuldade para dormir a noite, medo, angustia, agitação, comportamento destrutivo, eliminação de fezes e urina em locais desapropriados, fuga, depressão, falta de apetite e etc. Estes distúrbios podem estar associados à morte de seu tutor ou até mesmo de outro animal de vínculo, assim como a introdução de novos animais ou crianças no seu ambiente.

Cães que apresentam a síndrome, quando estão na presença de seu tutor são muito atenciosos e pedem atenção constantemente. Os sinais clínicos podem começar de 5 a 30 minutos após a saída de seu tutor ou até mesmo antes, alguns cães sentem que seu tutor vai sair e já começam a manifestar distúrbios comportamentais, como inquietação. O diagnóstico é obtido através de uma anamnese detalhada, nunca descartando a possibilidade de ser necessário realizar exames laboratoriais, como urinálise, urocultura e um hemograma para descartar qualquer outro problema. É interessante obter respostas claras na anamnese, como a história do animal, como que esse animal foi adquirido e etc. Uma filmagem do cão após a saída do tutor pode ser útil para avaliar a extensão do distúrbio comportamental.

O tratamento é baseado na terapia comportamental, educação e orientação ao tutor. A melhor técnica a ser utilizada é o tratamento de dessensibilização, apesar de exigir tempo e dedicação do tutor. É necessário identificar qual o momento que gera ansiedade no animal, tais como, o chacoalhar das chaves do carro, o banho e etc. Após a identificação, o tutor deve repetir com frequência o momento em que o cão fica ansioso, quando não for sair, assim estes gestos vão perder a importância e se tornarão normais ao olhar do cão. Deve ser evitada qualquer excitação emocional relacionada à partida ou chegada em casa. O tratamento com uso de fármacos em casos severos nem sempre soluciona o problema, apenas em alguns casos leves de ansiedade por separação. São utilizadas drogas ansiolíticas que auxiliam a suprir a SAS.

Foto: Google Imagens.

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