A síndrome da ansiedade por separação (SAS) é comum em animais de
companhia e leva os cães a terem comportamentos destrutivos. Os sistemas mais
afetados por distúrbios como esse, que causa estresse prolongado ao cão, são os
sistemas imunológico, endócrino e nervoso, deixando-o exposto a várias doenças.
Os cães, por serem ancestrais dos lobos, dependem de companhia, já que os lobos
viviam em bandos para caçar e se proteger, por isso, um animal que é deixado
sozinho e de lado se sente desprotegido. Os distúrbios comportamentais que
podem ser vistos na SAS são vários, como a agressão as pessoas e outros
animais, vocalização excessiva, dificuldade para dormir a noite, medo,
angustia, agitação, comportamento destrutivo, eliminação de fezes e urina em
locais desapropriados, fuga, depressão, falta de apetite e etc. Estes
distúrbios podem estar associados à morte de seu tutor ou até mesmo de outro
animal de vínculo, assim como a introdução de novos animais ou crianças no seu
ambiente.
Cães que apresentam a síndrome, quando estão na presença de seu tutor
são muito atenciosos e pedem atenção constantemente. Os sinais clínicos podem
começar de 5 a 30 minutos após a saída de seu tutor ou até mesmo antes, alguns
cães sentem que seu tutor vai sair e já começam a manifestar distúrbios
comportamentais, como inquietação. O diagnóstico é obtido através de uma
anamnese detalhada, nunca descartando a possibilidade de ser necessário
realizar exames laboratoriais, como urinálise, urocultura e um hemograma para
descartar qualquer outro problema. É interessante obter respostas claras na
anamnese, como a história do animal, como que esse animal foi adquirido e etc.
Uma filmagem do cão após a saída do tutor pode ser útil para avaliar a extensão
do distúrbio comportamental.
O tratamento é baseado na terapia comportamental, educação e orientação
ao tutor. A melhor técnica a ser utilizada é o tratamento de dessensibilização,
apesar de exigir tempo e dedicação do tutor. É necessário identificar qual o
momento que gera ansiedade no animal, tais como, o chacoalhar das chaves do
carro, o banho e etc. Após a identificação, o tutor deve repetir com frequência
o momento em que o cão fica ansioso, quando não for sair, assim estes gestos
vão perder a importância e se tornarão normais ao olhar do cão. Deve ser
evitada qualquer excitação emocional relacionada à partida ou chegada em casa.
O tratamento com uso de fármacos em casos severos nem sempre soluciona o
problema, apenas em alguns casos leves de ansiedade por separação. São
utilizadas drogas ansiolíticas que auxiliam a suprir a SAS.
Foto: Google Imagens. |
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