Insuficiência Renal em Cães - Pequenos Amigos

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terça-feira, 18 de julho de 2017

Insuficiência Renal em Cães

Os rins são órgãos de grande importância, pois exerce função vital para a vida, como a excreção de toxinas, regulação do volume de líquidos através da produção de urina, além de funções biosintéticas.

As doenças renais podem acometer os glomérulos, os túbulos, o tecido intersticial e/ou os vasos sanguíneos. 

Suas afecções podem ser de origem hereditária/congênita (geralmente ocorre em raças como Beagle, Bul Terrier, Chow Chow, Pinscher, Pastor Alemão, Poodle e etc.), infecciosa e tóxica, imunomediada, por desequilíbrios eletrolíticos (hipercalcemia e hipocalemia em felinos), e traumática. Há tentativas de compensação da insuficiência renal por meio da reserva funcional dos rins, da ativação dos mecanismos de hipertrofia e da hiperplasia de néfrons. Quando há perda funcional de aproximadamente 65% dos néfrons em cães e 75% dos néfrons em gatos é detectada azotemia.

A insuficiência renal crônica (IPR) é uma doença comum em cães e gatos idosos na clínica de pequenos animais. É caracterizada pela incapacidade dos rins funcionarem devido à perda progressiva de néfrons, num período de meses a anos, os sinais mais comuns são: polidipsia, poliúria, apatia, perda de apetite e vômitos.

A anormalidade da função renal deve-se a causas pré- renais (causada por uma doença que não seja um mau funcionamento real do rim, que diminui o fluxo sanguíneo para o rim), renais e pós- renais (causada pela acumulação de pressão no sistema urinário por uma obstrução) e induzem aumento da concentração de creatinina, ureia e outros compostos nitrogenados não proteicos no sangue resultando em azotemia.

A doença renal apresenta estágios que definem a abordagem terapêutica. O estágio I é definido por estado não azôtemico, mas há alteração renal presente, como a inabilidade renal de concentração urinária, proteinúria renal e alterações renais ao ser realizado exame de imagem e biópsia. Nesse estágio é importante manter o animal hidratado, permitindo livre acesso a ingestão de agua e, quando necessário, corrigir a desidratação. A terapia indicada tem como objetivo modular a pressão intraglomerular por meio do uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (iECA) e reduzir a proteinúria, já que ela é considerada um marcador de lesão renal e a sua redução pode ser benéfica. Quando não ocorre uma resposta adequada ao iECA, poderá ser necessário o uso de bloqueadores de receptor de angiotensina II.

O estágio II tem como característica a presença de discreta azotemia. Os pacientes não apresentam manifestações clínicas de disfunção renal nos estágios I e II, com exceção de poliúria e polidipsia. O estágio III é definido pela moderada presença de azotemia e o paciente pode apresentar manifestações sistêmicas da perda de função renal. O estágio IV é caracterizado por intensa azotemia e o paciente apresenta perda de função renal que pode estar relacionada à falência renal e apresentar diversas manifestações sistêmicas da uremia, como alterações gastrintestinais, neuromusculares ou cardiovasculares.

O diagnóstico da DRC é feito com base na anamnese, no exame físico e nos achados laboratoriais. Pode ser também através da presença de lesões estruturais nos rins (biópsia e/ou exames de imagem). A disfunção renal pode ser avaliada também por marcadores sanguíneos e urinários. As alterações laboratoriais encontradas são: aumento das concentrações séricas de ureia e creatinina, alterações eletrolíticas, acidose metabólica, hipoalbuminemia, anemia não regenerativa e aumento de amilase e lipase.

Foto: Google Imagens.

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